tech deck história
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Tech Deck. A moda dos miúdos que andam de skate com os dedos
Publicado em 15 de Setembro de 2010
Inventado por um adolescente de 13 anos, o Tech Deck virou febre mundial: uma prancha em miniatura que permite as manobras mais radicais do skate
Nas mochilas para o ano lectivo que acaba de arrancar, os miúdos já não carregam apenas livros, canetas, cadernos e estojos novos em folha. O Tech Deck, um skate em miniatura, chegou a Portugal há pouco mais de três anos e rapidamente se tornou no hobby favorito dos mais novos. Para que serve? Para fazer manobras, claro está. Mas, em vez de usarem os pés, os praticantes fazem truques com os dedos.
João Brandão já andava de skate quando conheceu o tech deck. "Passava várias horas a treinar", recorda o rapaz. "O mais engraçado deste brinquedo é que permite fazer muito mais manobras do que os skates tradicionais", conta ao i. E garante que com "alguma dedicação" é possível tornar-se um verdadeiro ás da brincadeira. "Não é muito difícil, é uma questão de lhe apanhar o jeito."
A técnica é relativamente simples - basta usar o indicador e o dedo médio. Na internet há vídeos que explicam como fazer as manobras, das mais simples, como o olie flip, às mais complexas. "Convém usar uma superfície lisa, uma mesa ou um livro. E, ao contrário dos skates normais, com este é possível utilizar os braços para dar impulso. A partir do momento em que se aprende a fazer algum truque, o difícil é parar."
As mesas da escola tornaram-se por isso o local de eleição para treinar: "Nas aulas teóricas, as mais chatas", brinca o jovem de 16 anos, estudante do 10.o ano. "Agora já não é habitual levá-lo para a escola, mas lembro-me perfeitamente de os professores tirarem o deck aos miúdos por causa do barulho."
Negócio milionário
O Tech Deck nasceu em 1998, nos EUA, pela mão de um miúdo de doze anos. Steven Asher, filho de um conhecido empresário de brinquedos, estava em casa numa tarde de chuva, impossibilitado de praticar a sua modalidade favorita: o skate. Decidiu então criar um modelo em miniatura com um cartão telefónico, para passar o tempo. Quando chegou a casa, o pai viu na brincadeira do rapaz entediado uma oportunidade de negócio.
Em Portugal, o deck não virou apenas moda: tornou-se numa nova forma de coleccionismo, existindo actualmente mais de quatro mil modelos diferentes à venda. "Antes, coleccionavam-se caricas, hoje são estes skates em miniatura. Só no ano de 2007 vendemos uma média de mil unidades por mês", explica uma responsável da Sport Zone do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, garantindo que as vendas se mantêm estáveis.
Entretanto, além da prancha e rodas, o negócio alargou-se a todo o tipo de acessórios, sendo possível comprar rampas e outros extras, como corrimões e obstáculos (ver caixa). Marcas de skate mundialmente conhecidas, como a Santa Cruz e a Billabong, decidiram também lançar os seus próprios modelos, com edições temáticas alusivas a este desporto radical.
A grande vantagem parece, no entanto, estar do lado dos pais que compram os brinquedos aos filhos: há skates que não chegam aos 10 euros.
João Brandão já andava de skate quando conheceu o tech deck. "Passava várias horas a treinar", recorda o rapaz. "O mais engraçado deste brinquedo é que permite fazer muito mais manobras do que os skates tradicionais", conta ao i. E garante que com "alguma dedicação" é possível tornar-se um verdadeiro ás da brincadeira. "Não é muito difícil, é uma questão de lhe apanhar o jeito."
A técnica é relativamente simples - basta usar o indicador e o dedo médio. Na internet há vídeos que explicam como fazer as manobras, das mais simples, como o olie flip, às mais complexas. "Convém usar uma superfície lisa, uma mesa ou um livro. E, ao contrário dos skates normais, com este é possível utilizar os braços para dar impulso. A partir do momento em que se aprende a fazer algum truque, o difícil é parar."
As mesas da escola tornaram-se por isso o local de eleição para treinar: "Nas aulas teóricas, as mais chatas", brinca o jovem de 16 anos, estudante do 10.o ano. "Agora já não é habitual levá-lo para a escola, mas lembro-me perfeitamente de os professores tirarem o deck aos miúdos por causa do barulho."
Negócio milionário
O Tech Deck nasceu em 1998, nos EUA, pela mão de um miúdo de doze anos. Steven Asher, filho de um conhecido empresário de brinquedos, estava em casa numa tarde de chuva, impossibilitado de praticar a sua modalidade favorita: o skate. Decidiu então criar um modelo em miniatura com um cartão telefónico, para passar o tempo. Quando chegou a casa, o pai viu na brincadeira do rapaz entediado uma oportunidade de negócio.
Em Portugal, o deck não virou apenas moda: tornou-se numa nova forma de coleccionismo, existindo actualmente mais de quatro mil modelos diferentes à venda. "Antes, coleccionavam-se caricas, hoje são estes skates em miniatura. Só no ano de 2007 vendemos uma média de mil unidades por mês", explica uma responsável da Sport Zone do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, garantindo que as vendas se mantêm estáveis.
Entretanto, além da prancha e rodas, o negócio alargou-se a todo o tipo de acessórios, sendo possível comprar rampas e outros extras, como corrimões e obstáculos (ver caixa). Marcas de skate mundialmente conhecidas, como a Santa Cruz e a Billabong, decidiram também lançar os seus próprios modelos, com edições temáticas alusivas a este desporto radical.
A grande vantagem parece, no entanto, estar do lado dos pais que compram os brinquedos aos filhos: há skates que não chegam aos 10 euros.